sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Coletânea "Tantas Palavras" - Org. Antonio Luceni

Neste sábado, dia 19/11, haverá o lançamento do livro "Tantas Palavras". Uma coletânea organizada por Antonio Luceni, diga-se de passagem, um amigo de longa data. O livro é uma "antologia de crônicas e contos", como define o organizador. O lançamento será realizado no Ateliê Antonio Luceni, na rua Osvaldo de Andrade, 1.198, bairro Icaray. 
Como tantos outros escritores não tenho condições de publicar uma obra solo. Antonio Luceni, ao principiar a organização dessa obra, possibilitou não só a realização do sonho de alguns mas, também, a espalhar arte. Bem já disseram que "lugar de poesia é na calçada".
O livro é composto por 32 autores, os exemplares serão vendidos a R$25,00. Os autores dos textos estarão reunidos no ateliê para a noite de autógrafos. Você também poderá encontrar na Livraria Educação e Cultura - MEC (Mercadão Municipal) e no blog de Antonio Luceni.

Autores participantes:
1. Antonio Luceni
2. Ana de Almeida Zaher
3. Antenor Rosalino
4. Carlos Roberto Ferriani
5. Carmem S. B. R. Soares
6. Cidinha Baracat
7. Duxtei Vinhas Itavo
8. Edson Genaro Maciel
9. Eldir Paulo Scarpim
10. Emília Goulart
11. Francisca de Carvalho Messa
12. Francisco Gregório Filho
13. Hélio Consolaro
14. Jeter Michelline
15. Jordemo Zaneli Junior
16. José Hamilton
17. José Marcos Taveira
18. Maria Lúcia Terra
19. Marianice Palpites Nucera
20. Marilurdes Martins Campezi
21. Rafael Batista
22. Rafael Moia Filho
23. Regina Baptista
24. Rita de Cássia Amorim Andrade
25. Rita Lavoyer
26. Roberta Caetano da Silveira
27. Rodrigo Santiago
28. Salete Marini
29. Tito Damazo
30. Wandyr Zafalon Junior
31. Wanilda Borghi
32. Yara Regina Franco



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Restos



Eu choro. Meu deus, e como choro. E não existe nada entre essas lágrimas. Ânimo não existe, vontade muito menos. Nem a saudade mais sobrou.  A falta foi e a alegria também. Não sei dizer nem o que fica. Muito menos quanto se foi. O sorriso agora é austero e sem verdade.
                Se fica alguma coisa, saiba que são apenas restos. O sorriso austero que sobrou é apenas resto de uma boca amarga. É tão pouco o que fica. É tão, resto. Esses restos arruinados.
                É, meu caro, as coisas realmente mudaram. As verdades se foram, mas não digo que só sobraram mentiras. Sobraram incertezas. Tão duvidoso hipotético e incerto, que tudo isso, apenas eu. O que não entendo é o porquê de toda essa perplexidade e confusão trazerem tanto encanto aos meus olhos.
                E os sentidos das coisas se vão, desde a direção a própria razão. O sentido do texto também é resto, palavras são restos. E o que antes fazia o que sou também se torna resto.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ser + Humano (Rafael Cavalcante)

O ser humano perdeu a sua essência, só sobrou-lhe o “ser” – se é que o “ser” ainda nos resta após tantas gerações – porque o humano já se transformou em um monstro.

Eles gritam suas teorias e teses ora reacionárias ora revolucionárias ora pseudo moralistas, vomitam suas salvações apoiados em ídolos distorcidos e tentam nos amordaçar para ficarmos completamente calados.

Veja bem, eu não sou o dono da razão, eu sou um merda, assim como você(s), mas eu enxergo que essas teorias de nada valem se não olharmos primeiramente na raiz dessa árvore. Qual é a raiz? A raiz é a humanidade. O homem deve aprender a se humanizar e compreender a essência de “ser” e a relevância do “humano”, e desvendar o mistério que une essas duas palavras.

Teorias vêm, teorias vão, e o monstro só cresce na humanidade, espalhando a discórdia, colocando um grupo contra o outro, tornando-os eternos rivais sem causa.

Pare, pense, somos todos humanos. Aprenda a humanizar e tranque esse monstro criado por você mesmo num quarto escuro, sem portas e sem janelas.

Rafael Cavalcante

http://euemeusdemonios.blogspot.com/2011/08/ser-humano.html

Lugar de Dormir (Releitura)


lugar de dormir, tudo é silêncio
o vento sopra devagar
quantos sonhos estão a dormir
quantas saudades aqui dormem
quantos devaneios por aqui ficam
certezas
indecisões
paixões
desilusões
ódio aqui dorme?
afeto aqui dorme?
quantas mães
pais
amigos
crenças
verdades
mentiras
segredos
histórias
vinganças
ideias
potencial
lágrimas
sorrisos
coragem
medo
eternidade
finitude
[...]
para onde foram?
quantas coisas aqui dormem
ao redor muros baixos e, do lado de lá, a vida a passar



P.S.: Agradecimentos ao amigo Wesley David, http://insonia-insana.blogspot.com/

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Lugar de Dormir


Neste lugar de dormir, tudo aqui é silencio
O vento sopra devagar
Quantos sonhos estão dormindo aqui
Quantas saudades aqui dormem
Quantos devaneios por aqui ficaram
Quantas certezas
Quantas indecisões
Quantas paixões
Quantas desilusões
Quanto ódio aqui dorme?
Quanto afeto aqui dorme?
Quantas mães
Quantos pais
Quantos amigos
Quantas crenças
Quantas verdades
Quantas mentiras
Quantos segredos
Quantas histórias
Quantas vinganças
Quantas ideias (algumas delas poderiam ter mudado o mundo)
Quanto potencial, ou a falta dele
Quantas lágrimas
Quantos sorrisos
Quanta coragem
Quanto medo
Quanta eternidade
Quanta finitude
Para onde foram?
Quantas coisas aqui dormem
E, além desses muros baixos, quanta vida simplesmente passa

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Incabível

tua ausencia me aperta
faz-me entrar pela cadencia
estende até a decadência

a cadencia se foi
rimou, pulsou, levou..
deixou pra trás todas as cores

fica a saudade dos amores
a ansia pelo novo encontro
pelo novo comeco

esperar que desenlace
e no encontro das faces
no encontrar dos olhos
no abrir dos sorrisos

traga de volta o incondicional
para que possa caber o incabivel

domingo, 24 de julho de 2011

Algumas Coisas



Vou escrevendo, por mais que fique sem nexo, mas no fluir as palavras vão se encaixando. Muitas vezes pode-se interpretar mau o que digo, é fato que sou inconstante, mas que se faça juízo: quem realmente é? E então, muitas vezes, me correm as lagrimas, o desespero e até mesmo o medo. Mas quanto a que? Quando sinto-me sufocado, e o papel quem desatarraca minha garganta. Palavras, que estranha potencia a vossa. Potencia tal, que faz aliviar a dor que seja.
Algumas coisas fazem tão mal quando guardadas, quando estavam atarracadas em minha garganta pareciam sufocar, e até mesmo parecia tirar todo brilho e vivacidade que as coisas deveriam ter. É com papel e tinta que posso dizer tudo e todas as coisas que estão indigestas e me afligem. Desculpe, não sei minhas palavras são difíceis de encontrar a compreensão, e isto não é tendenciosidade muito menos prepotência. É apenas o jeito que consigo passar o que sinto, pelo dom das palavras.

Seus Olhos


Você foi se afastando. Fiquei te olhando. Ainda tentando segurar o calor e o gosto do seu beijo na minha boca. Ver você se afastando de mim fez sentir-me mal, parecia um adeus. Sai, então. Sumi. Estou longe, tão longe. Cheguei, andei, dormi. Do inicio ao fim. Estou fazendo tudo com muita calma, quero guardar seu calor em mim. Anteriormente, a noite me alegrava e trazia até mim os seus olhos. Só quero uma coisa, deitar, abrir meus olhos e ver que estou novamente a alguns instantes do início desta crônica. Queria poder voltar e ter você nos meus braços. E aí sim, neste momento, o tudo pode voltar a ser uma coisa só. A noite já não seria necessária. Eu tenho você. Minhas lembranças imaginárias já não são necessárias. Seus olhos. Agora eu os tenho de volta. Agora eles são reais, eu os tenho tão perto. Olho bem no fundo deles. Neles vejo um segredo. Tento decifrá-lo. Não consigo. Eles querem me dizer algo. Já não é noite nem dia, a fixação que tenho em seus olhos torna todo o resto insignificante. Por alguns momentos vejo milhões de coisas no seu olhar. Na minha mente são tantas, mas não consigo verbaliza-las. Se conseguisse um livro seria pouco.
                Mas não me preocupo. Todo segredo que seu olhar me traz prende-me a você. A fixação é tanta que nada mais importa. Nada mais. Posso ficar fixado em você até meu ultimo suspiro. Já não é mais a noite, mas tudo me leva a você.