sexta-feira, 6 de junho de 2014

Se a inquietude dos meus pés formasse um desenho, qual forma ele teria


Meus passos, gestos, perdidos numa casa vazia... e se fossem filmados?
O peito se manteria cansado, ou alcançaria um céu ritmado,
alcançar a nota que o peito dá, com a calma de perceber pra qual lado
o rio corre, e onde a terra se torna má.
Pensa, martela, re-pensa sua poesia, com vida; ou sem; quase vazia
Vazia, vida poesia, rimas seguidas perdidas sem conseguir olhar o céu
ou deixar sobrar espaço para que a revoada se esconda suba, voa
Feito voz que desentoa a falar, a se perder, buscar ser. Só não bata no teclado por bater,
não risque traço de poesia se não for para nela ser, a verdade o verso que salva
da brisa, loucura, o verso que salva a vida. Não ouse escreve-lo, sem antes saber o rumo
de sua partida. Partida antiga, ida de pretérito, o partir do que se aproxima
só irá ir quando cair. Você é podre, se não perceber pense o que é que vai fazer
sobre. As manhas do seus atos, fatigam de cansaço o seu derredor.
Lembra o recanto da sua meninice, seja criança de fato mas na busca

daquela infância de antiga lembrança com o sabor doce de bondade no peito.

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