segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vista não poesia (1)


Poesia não vista. Não lida. Não se sabe ler muito menos lidar com ela. Quem dirá interpretar. Mas é uma poesia que se sente. Fácil de sentir, difícil de discernir. Certo ou errado. Existe errado na arte? Poesia que vem, poesia que vai. Segue nesse ritmo compassado. Vem. Vai. Vem. Vai. Nunca vi. Nunca li. Creio que já tenha sentido. Mas ela não faz sentido. Muito menos sentido sentinela. Pelotão, sentido! Nunca vi. Nunca li. Já ouvi? Não, não ouvi. Tentei musicá-la. Não deu. Fico a sua procura, a sua espera. Poesia não vista. Veste minhas vistas. Tira minhas vestes. Nu. E deito então. Nu. Contigo. Em frases cruas de gramática. E tudo vai se desenrolando. Como no desenrolar de um sonho bom. Vai. Vem. Vai. Vem.
Um sonho.
Mais um dia de sonho.
Montei um apanhador de sonhos.
Vamos.
Corra.
Tente.
Capte!
Vem. Vai. Vem. Vai.
Vista não poesia. Lida não. Não lido. Não vejo. Apenas sinto. E tudo vai desenrolando na espera pelo outono. No universo dessa poesia nem o inverso é necessário. Não existe deus. Não é que não existe. Não é necessário. Não há o medo da morte. No universo da poesia. Tudo se encaixa. Tudo se completa. A poesia se completa. O incompleto completa, com as folhas do outono, todo o espaço vago dos sonhos. Vai. Vem. Vai. Vem. E a poesia cresce. Como a semente que vira semente novamente. E a poesia cresce. Enaltecendo todo tipo de sentimento bom. E a poesia, que era apenas de brincadeira, vai encontrando todo seu nexo. Se curva em tom convexo. Se curva tanto que entra no ritmo espiral do meu amor. E a poesia, que já virou uma prosa, vai continuando. No ritmo da modernidade. Vem. Vai. Vem. Vai. E a poesia continua. No ritmo dessa nova velha valsa. Só não pode parar. O ritmo vai continuando. A dança não pode parar. A arte não pode parar. O sonho não pode parar. A semente não pode parar. O universo não pode parar. O outono não pode parar. A poesia continua no seu eterno compasso. Vai. Vem. Vai............ Ufa!

Nenhum comentário:

Postar um comentário