Dormir. Shakespeare disse: talvez sonhar. Talvez?
Amar. Como disse Pessoa, “que queres que te diga, além de que te amo?”. Digo mais, digo além.
Sorrir. Cartola cantou que pretendia levar a vida sorrindo.
Chorar. Antoine Exúpere escreveu que corremos o risco de chorar quando somos cativados.
Cantar. Queria cantar como cantou Jobim dizendo que gostaria de escrever belas canções, lindos poemas e doces frases de amor.
Voar. Quero voar sem medo de ficar tonto, como sugeriu Goethe.
Me sinto bobo. Em vários verbos tento encontrar um motivo. Mas motivo não há. E é assim, fecho os olhos e a saudade aperta. Sufocado. É assim que me sinto, não há verbo que melhor expresse. Parece que algo segura minha garganta, aperta meu estômago e faz meu coração chorar.
E nada parece fazer sentido, nem dormir, nem sonhar. Sozinho, digo que te amo, mas as palavras ficam ao vento. Levar a vida sorrindo não tem sentido, o que tem sentido sem você? As lágrimas secaram e as belas canções parecem se esgotar. Voar me deixaria no céu, mas longe de você.
Me resta o que?
O jeito é esperar você voltar.
Eu tinha ctz que gostaria desse blog...
ResponderExcluireu ja amo esse blog, é muito bom mesmo!
ResponderExcluirual! Incrivel, estupendamente incrivel rafael. Fico boquiaberta a cada texto, sempre uma nova surpresa (:
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